A Ordem dos Engenheiros lamenta profundamente o grave incêndio que afetou o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro que, para além de ter destruído um edifício classificado com mais de 200 anos, símbolo da relação histórica entre Portugal e o Brasil, consumiu um importantíssimo acervo composto por mais de vinte milhões de peças, algumas das quais parte integrante do património cultural comum dos dois países. Por entender que os Engenheiros e a Engenharia não se podem alhear do seu papel e missão social, bem como por ser atribuição desta Associação Profissional prestar colaboração com todas as instituições públicas e privadas sempre e quando estiverem em causa matérias relacionadas com o interesse público, como é o caso, vem a Ordem dos Engenheiros esclarecer as entidades responsáveis pelo acompanhamento, manutenção e preservação do património cultural nacional que se encontram, entre os seus membros, os maiores especialistas de segurança contra incêndios. Neste contexto, e no sentido de prevenir situações de perda irreparável de património cultural nacional, a Ordem dos Engenheiros entende ser sua função alertar as entidades públicas responsáveis para a necessidade de vistorias periódicas a todos os edifícios que alberguem acervos históricos ou que, eles próprios, constituam património simbólico da nossa história. A Engenharia tem soluções que permitem prevenir e mitigar situações semelhantes à que afetou, no passado domingo, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo que a Ordem dos Engenheiros manifesta publicamente a sua disponibilidade para colaborar com as autoridades portuguesas no desenvolvimento e planeamento das mesmas. |