Na edição de 24 de setembro de 2016 do "Jornal Expresso”, o Caderno de Economia publicou um artigo de opinião com o título "Um sismo não se esconde nas cidades”, da autoria da Coordenadora do Grupo Sísmica da Ordem dos Arquitetos, Arquiteta Alice Tavares. A Ordem dos Engenheiros manifestou junto do Expresso, em carta que dirigiu ao seu Diretor e cuja publicação solicitou, a sua surpresa e preocupação pelo facto de uma representante de uma profissão que não reúne competências na área da sismicidade e na avaliação e dimensionamento estrutural de edifícios, chamar a si, através de um meio de comunicação social de referência, uma explicação pública sobre algo não é da competência profissional dos arquitetos, visto não deterem conhecimentos técnicos profundos sobre o assunto. Nestes termos, e porque deste modo pode ter sido uma vez mais lançada a confusão junto dos cidadãos e entidades sobre quem, efetivamente, detém conhecimentos sobre o comportamento estrutural e resistente dos edifícios, a Ordem dos Engenheiros não pode, por razões de confiança pública, deixar passar em claro esta tentativa de miscigenação de competências profissionais. Tais competências constituem um exclusivo dos engenheiros civis, e não de todos, como humildemente reconhecemos, pois só alguns detêm conhecimentos adequados para a avaliação do comportamento e cálculo da resistência estrutural a solicitações de ocorrências sísmicas. Mas definitivamente nunca serão atos de arquitetura, nem competências dos arquitetos.
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