Num contexto profissional absolutamente inédito em Portugal, em que as medidas de contenção do novo coronavírus demandam isolamento social e reajustamento das práticas laborais, fomos saber juntos dos nossos membros qual o impacto de toda esta situação no exercício da sua profissão de engenheiro. O testemunho de hoje pertence a José Pedro Ferreira, menção honrosa do Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2019. Em que medida a atual situação epidemiológica mundial afetou (ou continua a afetar) o exercício da sua atividade profissional? A epidemia veio trazer uma mudança de paradigma inquestionável, com alterações impactantes para qualquer ser humano, ao ser forçada a cessação de todas as interações pessoais e de equipa. Creio que, na sua génese, este é um ponto incontornável. No entanto, tal é atenuável à luz das facilidades de conectividade existentes hoje em dia. Assim, é possível continuar a desenvolver um trabalho valoroso, fazendo com que a barreira física seja minorada. A mudança mais impactante para todos os intervenientes ocorreu, para mim, ao nível da docência, em que o ensino passou a ser feito à distância através de plataformas digitais de videoconferência. Perde-se aqui, de facto, o contacto de proximidade entre aluno e professor e a cumplicidade da partilha. No entanto, tal estimula-nos também a inovar e a ser muito mais imaginativos na forma de partilhar os conhecimentos, existindo mais oportunidades para se tirarem dúvidas e cimentar os conteúdos. |